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15 perguntas essenciais para a inclusão de crianças autistas em escolas

Neuropsicopedagoga e parceira da Conviva Serviços ensina “caminho das pedras” aos pais e educadores para melhorar a inserção de autistas no ambiente escolar


A inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no ambiente escolar é um desafio que requer estratégias específicas e sensibilidade. Tornar essa adaptação mais fácil é uma missão que depende não só da escola e seus profissionais, mas também dos pais e de um olhar atento no lar sobre os filhos.

 

Neuropsicopedagoga parceira da Conviva Serviços, empresa que atua em âmbito nacional na área de cuidadoria de alunos com deficiências, Jaqueline Mediato recomenda que os pais ou responsáveis enviem à escola, antes do início das aulas, um questionário com 15 perguntas respondidas para ser apresentado à equipe escolar como forma de ajudar a adaptar melhor os filhos autistas (veja a lista abaixo).

 

Especialista em educação especial, Jaqueline é também mãe atípica de duas garotas, de 16 e 11 anos, com autismo nível um de suporte. “Quando chega a fase escolar dos filhos, muitos pais de crianças autistas ficam perdidos sobre o que fazer e até com receio de mandar os filhos para a escola comum. Sei bem como é, não só por atuar profissionalmente na área, mas porque vivi isso em casa. E posso dizer que visitar a escola com antecedência, responder a esse questionário e enviá-lo para a equipe escolar, além de manter um contato próximo no início do acolhimento, pode facilitar bastante esse processo”, orienta a neuropsicopedagoga.

 

Segundo ela, a melhor forma de lidar com inclusão de alunos com TEA é apostar na antecipação do máximo possível de informações à criança, explicando de forma literal e com detalhes, se possível até desenhando, como a rotina escolar funciona, o que ele pode ou não fazer, o que é esperado dele na fase escolar e como deve ser sua relação com colegas.

 

“É importante também que a sala de aula esteja preparada para lidar com um coleguinha autista, pois temos autistas que não gostam, por exemplo, de serem tocados. É importante que a família converse com a escola e cobre essa preparação”, comenta Jaqueline.

 

Nos últimos dias, a neuropisopedagoga palestrou para cerca de 1 mil cuidadores da Conviva Serviços, que atuam em escolas municipais de Cuiabá (MT), sobre os desafios para uma melhor inserção de alunos com TEA no ambiente escolar. A 10ª edição da Capacitação de Cuidadores de Alunos com Deficiências, aliás, teve como tema “Cuidar e Proteger”, e a profissional pontuou a importância de os cuidadores, assim como a equipe escolar, terem acesso às informações do questionário em questão respondido pelos pais.

 

Durante o evento, que também contou com realização da Associação InteirAção, entidade sem fins lucrativos com forte presença no Interior de São Paulo, os funcionários da Conviva foram mergulhados em uma série de treinamentos, presenciais e on-line, em áreas que abrangeram desde noções aprofundadas sobre TEA e outras deficiências até primeiros-socorros.

 

Cuidado

Também chamados de profissionais de apoio, os Cuidadores de Alunos com Deficiências (CADs) são facilitadores do processo de inclusão na escola comum. Eles auxiliam estudantes que precisam de suporte a realizarem tarefas básicas, como se alimentarem, locomoverem e realizarem a higiene íntima e bucal, para um acesso mais digno ao ambiente escolar.

Na Conviva, os cuidadores são submetidos às constantes capacitações para oportunizar que o aluno também conquiste mais autonomia e conviva melhor com situações de socialização, desafios e descobertas.

A presença do cuidador em unidades de ensino, sejam escolas públicas ou privadas, inclusive, é prevista desde 2008 pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva. Contudo, somente em 2014 é que Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) definiu legalmente o papel deste apoio escolar, e atribuiu ao poder público a responsabilidade de assegurar a oferta do serviço, quando necessário e conforme indicação médica.

 

Embora seja direito, muitos estados e prefeituras no Brasil não contam com profissionais ou vagas suficientes em suas redes para atender as demandas de alunos com deficiências. O que exige dos pais, dos educadores e das unidades escolares energia e atenção extras para que o processo de inclusão ocorra de forma saudável e sem problemas.

 

15 perguntas para ajudar a adaptar autistas na escola:

1 - Descreva como é seu filho;

2 - Descreva as coisas que ele gosta;

3 - Aponte quais são seus brinquedos favoritos;

4 - Descreva as coisas que ele não gosta;

5 - Quais comportamentos ele apresenta quando se desorganiza e pode entrar em crise?

6 - Descreva como você costuma acalmá-lo em situações de crise;

7 - Como criar vínculo com a criança?

8 - Descreva o que seu filho faz de forma independente;

9 - Como seu filho costuma se comunicar?

10 - Que situações podem denotar que ele está fazendo um pedido?

11 - Quanto ele precisa ter previsibilidade do que irá acontecer?

12 - Aponte situações em que ele apresenta mais sensibilidade;

13 – Nos estudos, quais as áreas de maior habilidade dele?

14 – Nos estudos, quais as áreas de maior dificuldade dele?

15 - Apresenta restrição com quais tipos de alimentos?

 

Conviva Serviços

Com três décadas de atuação, a Conviva Serviços, que tem sede em Bauru, exerce importante papel para a educação inclusiva no Brasil. É considerada uma das principais entidades privadas a se especializar para atender aos alunos com deficiência na escola regular, através do profissional de apoio escolar. A Conviva Serviços está presente nos estados de São Paulo e Mato Grosso e, além do apoio escolar com constantes capacitações, oferece em seu quadro funcional equipes multidisciplinares.

 

 

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